O uso do cartão de crédito tornou-se num hábito para muitas famílias portuguesas. O sentimento de poder de compra instantâneo, amplificado pelo facto de não vermos o dinheiro a desaparecer da conta no imediato, cria uma falsa sensação de segurança aos consumidores. Não raras vezes, isto acaba por resultar em dívidas avultadas, chegando ao ponto da insustentabilidade. Para atenuar este acumular de problemas, a opção acaba por ser efetuar mensalmente o pagamento mínimo obrigatório, e ir amortizando muito devagar o valor em falta… Porém, apesar de aparentemente adequada, esta escolha acarreta juros elevadíssimos, resultando num montante total pago muito mais alto do que aquele que se gastou…
Assim sendo, o ideal é pagar o cartão de crédito não mais devagar, mas sim o mais rapidamente possível. Para ajudar a tornar isso possível, vamos deixar aqui cinco dicas úteis:
Dica 1: Amortize sempre para pagar o cartão de crédito mais rapidamente
Uma das melhores práticas passa por amortizar o montante em dívida o maior número de vezes possível. Estes pagamentos extra têm o dom de fazer baixar a dívida consideravelmente, pois todo o valor amortizado é usado no abatimento, sem lugar a juros na maioria dos casos. Consulte as condições do seu cartão de crédito para perceber como pode levar a cabo esta tarefa.
Dica 2: Poupe o máximo que conseguir
Um certo nível de esforço durante algum tempo pode trazer ganhos muito proveitosos no futuro. Assim, poupe o máximo que conseguir, gaste apenas o essencial, e use o valor restante para abater à dívida do cartão. Os subsídios de Natal e de férias, assim como o reembolso do IRS, se aplicável, podem ser seus verdadeiros aliados: use-os como tal. Já agora, recorra às imensas plataformas online de venda de artigos usados(por exemplo, o OLX) e faça algum dinheiro livrando-se do que já não precisa. Vai ficar surpreendido com o potencial que o seu “lixo” ainda tem.
Dica 3: Recorra às poupanças
Se tiver algum dinheiro de parte, pode ser boa ideia pensar em utilizá-lo na liquidação da dívida do cartão de crédito, nem que seja parcialmente. É praticamente garantido que, independentemente do produto onde tenha esse montante investido, não está a render-lhe tanto como aquilo que está a pagar de juros pela dívida, o que significa que na verdade não está a poupar nada: está a gastar de modo injustificado. Seja como for, conserve sempre alguma provisão na poupança, para o caso de ser necessário fazer face a uma emergência.
Dica 4: Deixe de usar o cartão de crédito
Esta dica pode parecer óbvia, mas a verdade é que muita gente não a segue. Se o objetivo é liquidar a dívida do cartão de crédito, não faz sentido continuar a usá-lo, e muito menos recorrer ao mesmo (ou a outro) para pagar as suas próprias prestações. Não entre nesse círculo infinito, que só fará com que os problemas aumentem.
Dica 5: Analise a possibilidade de consolidar vários créditos
Se, além do cartão de crédito, tem o pagamento de outros créditos a decorrer, pode ser boa ideia consolidar todos numa só prestação. Por norma, esta solução resulta em prestações mensais mais baixas e na poupança no que concerne aos juros. Consulte, por exemplo, um intermediário de crédito e fique a par das opções disponíveis.