A Taxa de Esforço representa a percentagem do rendimento do agregado que se destinará a pagar as prestações de um crédito.
As instituições financeiras costumam utilizar esta taxa como um indicador da sua habilidade de vir a conseguir liquidar o seu crédito habitação. Geralmente, quanto mais elevada a sua taxa de esforço, menores são as probabilidades do banco lhe conceder o crédito pretendido, uma vez que nesta situação seria considerado como um cliente de alto risco.
Regra geral, considera-se uma boa taxa de esforço saudável aquela que se situe até aos 30%. Isto não implica que com uma taxa de esforço mais elevada não consiga um crédito, mas será certamente mais difícil.
O crédito habitação foi recusado por causa da Taxa de Esforço. O que fazer?
Antes sequer de pedir um crédito é importante ter uma ideia de qual poderá ser a sua Taxa de Esforço, e se for muito elevada, tentar fazer algo para reduzi-la antes mesmo de formalizar o seu pedido de crédito.
Felizmente, mesmo que veja o seu crédito rejeitado por culpa de uma Taxa de Esforço inadequada, existe sempre oportunidade de tentar reduzir a mesma e voltar a tentar a sua sorte.
1. Reduzir as despesas
Antes de mais, o primeiro passo deverá ser reavaliar o seu orçamento familiar de modo a tentar determinar se existem despesas supérfluas que possam ser eliminadas, deixando-o assim com mais dinheiro disponível no final do mês.
Pode, por exemplo, contratar um plano de internet mais barato, cancelar subscrição de serviços não essenciais e até reduzir gastos com a alimentação fora de casa. Muitas vezes, é possível reajustar o seu orçamento de modo a poupar centenas de euros mensais sem ter de prescindir de qualquer tipo de comodidade essencial para a sua vida. Saber gastar é um dom que pode favorecer imenso a sua situação financeira.
2. Amortizar créditos
Se tem dinheiro suficiente de parte que lhe permita amortizar os seus créditos, então poderá reduzir consideravelmente as suas despesas mensais com prestações, e assim melhorar consideravelmente a sua taxa de esforço. Mesmo que seja apenas uma amortização parcial já poderá fazer muita diferença no final do mês.
3. Renegociar créditos
Em princípio, qualquer um dos seus créditos pode ser renegociado, caso assim deseje. As instituições bancárias costumam facilitar este processo, uma vez que preferem rever as condições de um contrato do que ter de lidar com uma situação de incumprimento. Renegociar um crédito significa que determinadas condições do seu contrato poderão ser reajustadas, como é o caso do prazo de pagamento e taxas de juro.
4. Consolidar Créditos
Tal como o nome indica, consolidar créditos permite juntá-los todos num só crédito, passando assim a pagar uma só mensalidade. De certa forma, esta alternativa é semelhante à renegociação de créditos, uma vez que também aqui terá a oportunidade de renegociar prazos e taxas de juro, de modo a conseguir reduzir os encargos mensais totais com os seus créditos. Com uma consolidação de créditos poderá facilmente pagar menos 50% do que costuma pagar em prestações mensais. Com esta poupança, terá assim a oportunidade de baixar a sua Taxa de Esforço.
Exemplo:
Imaginemos que tem um crédito pessoal e um cartão de crédito em seu nome. Digamos que as duas dívidas juntas perfazem 10 mil euros, liquidados em prestações mensais totais de 350 euros. Agora, imaginemos que, com a consolidação dos mesmos, aumenta o prazo de pagamento para 60 meses, com uma TAEG de 10%. Ou seja, fica com uma dívida total de 11 mil euros. Dividindo por 60 meses, isso dá uma prestação mensal de 183 euros. Ou seja, são mais 167 euros que terá ao seu dispor ao final de cada mês.